segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!

Ilumine o Natal com esperança de amor.

Esperança de dias melhores!

Ilumine um olhar com cumprimentos de felicidades e paz.

Ilumine seus dias, para que deles sejam lembrados, os melhores momentos de alegria.

Ilumine sua família, para que não esqueçam que a base de tudo é o amor e a compreensão.

Ilumine seu Natal, para que não seja mais uma festa e sim uma lembrança de uma época inesquecível e abençoada.

Feliz Natal e um Ano Novo especialmente feliz!

Com carinho: Equipe do Polo UAB de Seberi

Vestibular UFSC/UAB


Saiu na semana o resultado do processo seletivo Concurso vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina/UAB/2011 para os cursos de Administração e Ciências Contábeis,a lista de classificados encontra-se no site: http://www.vestibular2011ead.ufsc.br/ As matrículas serão nos dias 03 e 04 de fevereiro de 2011 nos turnos manhã, tarde e noite no Polo UAB de Seberi e os documentos exigidos no ato da matrícula também se encontram no site citado.


Processo Seletivo para tutor de Ciências Contábeis


Estavam abertas até o dia 17 de dezembro de 2010, as inscrições do processo seletivo para contratação de tutores a distância e presenciais que atuarão no curso de Ciências Contábeis da UFSC. Os candidatos inscritos farão a prova que será realizada as 14 horas do dia 22 de dezembro de 2010, no polo de Seberi.


Funcionamento do Polo nas férias


Nos meses de janeiro e fevereiro o funcionamento do Polo UAB de Seberi acontecerá em dois turnos: manhã e noite. Em janeiro todos os cursos estarão em férias acontecendo somente as reedições de disciplinas para os cursos da UFSC.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS/UAB SEBERI

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

ANGELA TEREZINHA DA SILVA EDUCAÇÃO PARA A PAZ

UMA EXPERIÊNCIA DE CONSCIENTIZAÇÃO NA ESCOLA

Seberi, 02 março de 2010.

INTRODUÇÃO

Hoje em dia se fala muito em paz, mas pouco se faz para que ela realmente aconteça. Tendo em vista a batalha desenfreada pela aquisição de dinheiro e pelo acúmulo de capital acaba-se esquecendo certos valores e cuidados fundamentais para a sobrevivência humana, da fauna e da flora.

Muitas vezes falamos em promover a paz, mas acabamos nos perdendo no caminho, pois não estamos suficientemente preparados para entender a complexidade da interferência desastrosa que nós seres humanos estamos causando no ciclo da vida humana e do meio ambiente com a destruição da natureza e do próprio homem. O primeiro passo para esse entendimento é a busca pela paz interior, pois muitas vezes deixamos de lado por simplesmente não termos tempo para pararmos e refletirmos sobre nossas ações perante nós mesmos e nosso semelhante. Somente a partir do momento em que realmente nos encontrarmos e conseguimos nos desapegar de sentimentos como a inveja, o ódio, a amargura e o ressentimento teremos maior domínio de nossas emoções e de nossa razão. Assim, teremos maior facilidade para entender aqueles que nos cercam os respeitando cada um com seus limites e potencialidades dentro do seu contexto econômico, social, cultural.

Devemos acreditar na conscientização do ser humano quanto aos danos que os mesmos vêm causando contra a natureza e contra seus semelhantes.

Para isto, nada melhor do que começarmos esse trabalho pelas crianças, pois as mesmas fazem com que a mensagem chegue até a família, a qual acaba tomando consciência e colaborando com o tema trabalhado. E foi pensando nisso que o grupo de trabalho de Educação para a Paz, grupo esse que é formado por cinco alunas do curso de licenciatura em pedagogia da Universidade Federal de Pelotas/UAB Seberi, resolveu agir. Pondo em prática um pouquinho do tema Educação para a Paz com os alunos das turmas parceiras para que os mesmos divulgassem a idéia Paz em sua vasta abrangência nas famílias e comunidades onde vivem. De forma que todos os envolvidos nesse trabalho possam realmente entender e nos engajarmos em um trabalho de rejeição a todos os atos violentos, seja em âmbito físico, moral ou emocional. Meu trabalho foi realizado com os alunos do segundo ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Waldemar Sampaio Barros localizado no distrito de Osvaldo Cruz no Município de Frederico Westphalem.

TRANSFORMANDO A CULTURA DE PAZ EM REALIDADE COTIDIANA.

Na realização das atividades referentes à preservação da natureza e de solidariedade com a turma parceira pude perceber como as crianças eram individualistas e sem respeito com os colegas. Mas depois que construímos a árvore da solidariedade e de termos trabalhado com afinco o tema solidariedade e respeito, pude perceber o quantos às crianças evoluíram de forma positiva nas questões acima citadas. Durante a construção da árvore trabalhamos em grupo com troca de idéias, recortes e pintura de painéis, pinturas da árvore e de suas flores e folhas. Folhas e flores essas que contém frases feitas pelas crianças que demonstram a assimilação do tema trabalhado, e que a partir daquele momento passaram a ser usados diariamente pelas crianças tanto na escola no trato com colegas e professores quanto em casa com a família e na sociedade em que vivem.

Dentre todas as atividades que trabalhamos preservação do meio ambiente e solidariedade, a que mais marcou as crianças foi a visita à usina de reciclagem, pois ali elas tiveram a oportunidade de vivenciar como é importante a reciclagem em casa dos resíduos sólidos e orgânicos. Reciclando, além de contribuírem com a natureza colaboram com o trabalho dos funcionários da usina. As crianças gostaram muito da atividade, pois conseguiram fazer uma assimilação da aprendizagem de uma maneira divertida e descontraída fora da rotina da sala de aula onde geralmente ficam sentados ordenadamente ouvindo as informações que são transmitidas pelo professor.

Através do tema solidariedade e respeito abordamos a questão da paz e da não violência. As crianças são muito conscientes quanto à diferença entre paz e violência, mas mesmo assim cometem pequenos atos violentos os quais consideram comuns, pois vivem em uma realidade social e cultural onde aquilo já se tornou uma rotina, algo comum entre eles. As crianças agem e se comunicam na escola como agem em casa, pois aprendem o que vivenciam desde seu nascimento. E é por esse e outros motivos que nós, futuros educadores devemos estar preparados para trabalhar com diferentes realidades sociais e culturais em sala de aula. E aos poucos ir mediando a conscientização das crianças para que as mesmas se motivem e vivam uma cultura de paz, solidariedade, respeito e de repúdio a atos violentos contra seu semelhante e contra a fauna e a flora.

As crianças aprendem muito rápido as informações recebidas, e mais ainda quando essas informações são passadas de modo que valorizem suas opiniões e experiências de vida bem como quando os deixamos a vontade para demonstrarem esses conhecimentos e sentimentos através da arte, da livre expressão. Deste modo é possível liberarem seus sentimentos através das cores e formas, sons, vozes e movimentos. A partir disso o educador deve fazer uma análise criteriosa dos atos e atitudes que as crianças expressam durante a realização das atividades para assim aos poucos descobrir um pouquinho das emoções que se encontram muitas vezes escondidas dentro de cada criança, descobrindo assim a melhor maneira de tratar cada aluno dentro e fora de sala de aula. Para

[...] Paulo Freire a Paz não é um dado dado, um fato intrinsecamente

humano comum a todos os povos, de quaisquer culturas. Precisamos

desde a mais terna idade formar as crianças na “Cultura da Paz”, que

necessita desvelar e não esconder, com criticidade ética, as praticas

sociais injustas, incentivando a colaboração, a tolerância com o diferente,

o espírito de justiça e da solidariedade.(Paulo Freire 2006, p.391)

Se uma criança for preparada para ser um cidadão de bem, certamente ele será, mas se a criança crescer em um ambiente de violência certamente ele como adulto irá agir da mesma maneira, pois para ele aqueles atos e atitudes são comuns porque fizeram ou fazem parte de sua realidade de vida. Devemos colaborar acreditar e praticar atos bons e saudáveis a nosso favor e em favor do planeta, "lutando" por uma sociedade menos violenta. Tomando cuidado com a saúde física e mental dos seres vivos do planeta para que possa continuar ocorrendo a reprodução das espécies, pois as mesmas a cada dia que passa estão sendo ameaçadas de extinção. O homem como ser inteligente e pensante está contribuindo menos que a natureza para a sobrevivência das espécies, inclusive da sua. A natureza desde os animais até os minerais continua seu ciclo para sua própria sobrevivência, enquanto o homem, a cada dia que passa se torna menos capaz de fazer algo para a sobrevivência de sua espécie. Bem pelo contrário, o homem está usando de sua "inteligência" para destruir seu semelhante e o planeta, sem pensar nas conseqüências desastrosas que está causando, tais como: enchentes, violência, vendavais, aquecimento global, fome, desemprego, destruição da natureza, ameaça nuclear, consumismo, corrupção, individualismo, drogas, exploração do trabalho, prostituição.....

Ainda há tempo para reverter essa situação de destruição, mas para que isso aconteça devemos conscientizar a todos dos danos e conseqüências dos nossos atos insensatos contra a humanidade e o planeta. Devemos trabalhar unidos de forma que venhamos a resgatar valores como a solidariedade, amor, respeito, tolerância, e que cada vez mais procuramos vivenciar uma cultura de paz rejeitando qualquer tipo de violência, seja física, moral ou emocional, assim contribuiremos para o bem estar da humanidade.

CONCLUSÃO

Esse trabalho ainda está em processo de desenvolvimento, e creio eu que devido a sua importância por mais que tenhamos que encerrar o eixo a ser trabalhado com o tema Educação para a Paz iremos trabalhar com ele no nosso 'dia-a-dia como educadoras ou simplesmente como pais e mães, responsáveis pela educação de nossos filhos.

A experiência que pude vivenciar aplicando o plano de ação em sala de aula com a turma parceira foi muito gratificante, pois as crianças corresponderam significativamente às expectativas quanto ao desenvolvimento do plano. Tanto eu quanto a professora parceira pudemos perceber o interesse das crianças pelo tema e o quanto o desenvolvimento do plano os ajudou principalmente quanto ao respeito e a solidariedade dentro de sala de aula e na escola. Nós tentamos trabalhar de forma que pudéssemos mexer com os sentimentos das crianças fazendo através de pinturas e teatrinho que elas realmente mostrassem seus sentimentos, fazendo com se sentissem livres para dar formas e cores á àquilo que estivessem sentindo.

Nós como educadoras e seres humanos temos o dever de começar a fazer algo para conscientizar as pessoas das necessidades da preservação da natureza e de resgatarmos certos valores que estão sendo esquecidos. E nada melhor que começaremos esse, trabalho pelas crianças, pois as mesmas são muito ágeis e sendo assim levam a mensagem a ser transmitida a outros em pouco tempo.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

HORN, Ana Clara Porth. Nota sobre Preservação e valorização do meio ambiente. Disponível em: http://anaseriesiniciais.blogspot.com/2008/11/sugestoes-de-atividades-meio-ambiente.html. Acesso em março de 2010.

BEAUCLAIR, João. Nota sobre o senti pensar: novos modos de Ser e Estar nas escolas, famílias e nas instituições. Disponível em: http://www.profjoaobeauclair.net/visualizar.php?idt=1277479. Acesso em março de 2010.

MENEZES, Nilton César Rodrigues. Nota sobre Um olhar critico-reflexivo sobre a práxis pedagógica. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd123/analise-da-experiencia-de-um-professor-de-educaca. Acesso em março de 2010

(conversa informal com a instrutora de REIKI, Maria Inêz da Silva).

DISKIN, Lídia e ROIZMAN, Laura Gorresio. Nota sobre: Paz como se faz? Semeando uma cultura de paz nas escolas. Lido em novembro de 2009.

SALLES, Nei Alberto Sales/ UEPG/PR-AIE/SP. Educação para a paz e formação de professores: A resiliencia como pilar. Lido em novembro de 2009

Anexos

PLANO DE AÇÃO ECO III / PRÁTICA NA ESCOLA

Tema: Preservação do meio ambiente e solidariedade.

ESCOLA: Escola Estadual Waldemar Sampaio Barros, localizada no Distrito de Osvaldo Cruz - Frederico Wstphalem.

TURMAS: 1° e 2º ano.

PROFESSORA: Evania Balestrin Camargo.

NUMERO DE ALUNOS: 18 alunos, sendo 6 do 1° ano e 12 do 2º ano.

ACADÊMICA LPD / Ufpel: Angela Terezinha da Silva.

Objetivo Geral:

Despertar nas crianças a importância do meio ambiente e da solidariedade para sobrevivência do ser humano.

Objetivos Específicos:

Ø Conscientizar as crianças sobre a importância do meio ambiente e como estamos agindo com ele;

Ø Perceber as transformações que o homem faz na natureza e suas conseqüências;

Ø Despertar nos alunos a solidariedade e o respeito para com a natureza e seus semelhantes.

METODOLOGIA

A metodologia transcorrerá através de aula, passeio, música, história infantil, diálogo, teatro, pinturas, desenhos, "construção de uma árvore" e plantiu de duas árvores.

Estratégias:

1. Breve comentário sobre os temas que vamos trabalhar;

2. Com as crianças deitadas no chão em forma de circulo escutar uma musica que apresente sons de pássaros, cachoeiras, vento....

3. Questionar o que estão sentindo e ouvindo, e o que sabem sobre o que ouviram;

4. Trabalhar com um globo;

5. Comentário sobre a natureza e as agressões que o homem faz contra seus semelhantes. Estimular para que as crianças exponham suas experiências e idéias.

6. Copiar a poesia "Amigo planeta", ler o texto coletivamente com os alunos do 2° ano e depois os do 1° ano.

7. Ler a história "O saci e a reciclagem do lixo". Samuel Murgel Branco.

8. Pedir que as crianças reescrevam a parte que mais gostaram da história, os do 1 ° ano através de desenhos e frase e os do 2° ano através de texto.

9. Fazer com que leiam individualmente os textos e desenhos.

10. Expor os trabalhos em sala de aula.

11. Qual a importância da reciclagem para o meio ambiente.

12. Construção de uma árvore com frases ou palavras (que são usadas como folhas e flores da mesma), que transmitam a solidariedade.

13. Construção de palavras ou frases a' partir das letras da frase "respeitar a vida".

14. Organização do teatro com a construção de painéis e ensaio do teatro.

15. Visita à usina de reciclagem CIGRES.

16. Comentários sobre a visita e como podemos fazer nossa parte para ajudar na reciclagem.

17. Construção de um cartaz com uma lista de objetos que podem ser reciclados.

18. Plantio de duas árvores no pátio da escola, as quais serão cuidadas pelos alunos, uma representara os alunos do 1° ano e outros os do 2°.

19. Apresentação do teatro para o 3° ano.

20. Como temas de casa serão trabalhadas atividades que envolvam: adição, multiplicação, divisão e subtração.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prorrogada as inscrições para tutor de Ciências Contábeis até 17 de dezembro.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PROCESSO SELETIVO: TUTOR PRESENCIAL PARA CIÊNCIAS CONTÁBEIS


Estão abertas as inscrições para processo seletivo de TUTOR PRESENCIAL para o Curso de Ciencias Contábeis da UFSC

É requisito para o preenchimento das vagas de tutor presencial e a distância, ter o título de Bacharel em Ciências Contábeis e atender um dos requisitos abaixo: formação de nível superior e experiência comprovada no magistério de no mínimo 1 (um) ano no ensino básico ou superior;

ou possuir formação pós-graduada; ou estar vinculado a um programa de pós-graduação;

A carga-horária será de 20 horas semanais de trabalho presencial, o

valor da bolsa FNDE para tutores é de R$ 765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais) por mês.

As inscrições se realizarão no período compreendido entre os dias

06 a 10 de dezembro de 2010.

Maiores informações no edital na página: www.ead.ufsc.br

Brincadeiras na Educação Infantil

Ivanice Romitti

Minha intenção neste trabalho sobre Brincadeiras na Educação Infantil é sensibilizar as pessoas da importância que os jogos, brincadeiras e brinquedos têm no desenvolvimento infantil. Brincar além de ser uma forma de diversão é também fonte de conhecimento, através das brincadeiras que encontramos a melhor maneira de ensinar, uma criança aprende mais brincando, se envolve em seu mundo imaginário onde tudo fica mais fácil, sua vida passa a ser bem mais simples de ser vivida. Muitas crianças se tornam invisíveis para os adultos, não tem o direito de brincar, estudar e interagir com as outras crianças, muitas vezes é obrigada a trabalhar para poder comer. Os textos de apoio me ajudaram para realizar meu trabalho, mas em sua grande maioria, me detive na própria vida, no conhecimeto que tenho das pessoas, nas situações que convivo em meu dia-a-dia.

Eu escolhi a temática Educação Infantil, tendo como subtemática Brincadeiras na Educação Infantil, pois acredito que, brincar faz parte do mundo de uma criança, é sua linguagem natural, com certeza a mais importante delas. Este tema será muito importante, tanto para minha formação quanto para minha vida pessoal, pois minha filha está na fase de brincar e muitas vezes me deparo com algumas situações onde não conheço muitas brincadeiras para ensiná-la.

A brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, através dela a criança pode expressar suas ideias, sentimentos, conflitos e sonhos, mostrando um pouco de sua realidade, e transformando-a através de sua imaginação, desenvolve sua capacidade de comunicação, interação com os demais sujeitos que fazem parte do ambiente escolar e, o mais importante, desenvolve sua auto-estima tornando a criança uma pessoa mais alegre.

As atividades lúdicas causam prazer a quem as pratica, faz com que as crianças gostem cada vez mais do ambiente escolar, são caminhos que contribuem para o bem-estar das crianças.

Observando uma turma de pré-escola de minha escola parceira, escola Municipal Afonso Balestrin, posso dizer que a professora usa o lúdico em tudo, ou quase tudo que vai ensinar para seus alunos.

Lendo os textos de apoio para nosso trabalho, entendi com maior clareza a importância das brincadeiras na Educação Infantil.

De acordo com Vygotski (1991, p.105), em seu texto “O papel do brinquedo no desenvolvimento”, “não podemos definir o brinquedo como atividade que dá prazer à criança, pois muitas atividades lhe dão mais prazer do que isso e quanto aos jogos quando trazem resultados desfavoráveis às crianças, eles não se tornam agradáveis”.

Este é um trecho do texto que me chamou atenção porque não tinha parado para analisar pelo lado do ganhar e perder, quando escrevi o porquê que escolhi as brincadeiras na educação infantil, coloquei que o brincar torna a criança mais alegre, porém olhando por outro lado na questão dos jogos há duas questões, aquele que ganha e o que perde, com certeza a criança que perde um jogo, mesmo sabendo que é uma brincadeira não se sente feliz, é como nos mostra o texto onde diz que “...existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável...”, (VYGOTSKI, 1991, P. 105).

O texto ainda nos mostra que:

Toda criança se apresenta para nós como um teórico, pois se desenvolve em estágios e precisa de motivações, tendências e incentivos para que ocorra este desenvolvimento, na medida em que vai crescendo ocorre à maturação de suas necessidades, o que interessa para um bebê não interessa para crianças de pré-escola. (VYGOTSKI, 1991, p. 105 e 109).

Ao ler este trecho do texto, recordo-me de minha filha, porque observando suas atitudes consegui entender melhor o texto, desde uma simples brincadeira com ela, alcançar um brinquedo, por exemplo, ela pega, se você pegar outro ela solta o primeiro e quer o outro, se sair deste ambiente com ela, se distrai com qualquer coisa, já uma criança maior fica sempre pensando no que estava brincando e de repente quer voltar, ou usar a imaginação para “fazer de conta” que esta brincando. A imaginação é um processo psicológico novo para a criança, e isso ocorre durante uma brincadeira, no brinquedo a criança cria uma situação imaginária. Não existe brinquedo sem regras, a situação imaginária de uma criança já contém regras de comportamento, seja ela uma brincadeira que já existe ou uma brincadeira com fatos da vida, brincar de papai, mamãe e outras situações. O texto deixa bem claro que “toda situação imaginária contém regras, e todo jogo contém uma situação imaginária” (VYGOTSKI, 1991, p. 109), basta darmos asas a esta imaginação, e para que isso aconteça é preciso que a criança viva em um ambiente motivador, onde os adultos não lhes tirem o direito de ser criança, de brincar, estudar e ser feliz.

O texto “Brincar”, nos explica que brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento de uma criança, tanto de sua identidade quanto de sua autonomia, através da brincadeira a criança pode se comunicar, desenvolver capacidades como atenção, imitação, memória e imaginação, consegue interagir com as outras pessoas. Como nos diz o texto, “o fato de a criança, desde cedo, poderem se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p.22). Este tipo de situação vivenciamos em nosso dia-a-dia, em nossas famílias, por exemplo, quem tem criança e já foi criança um dia, conhece o “mundo do faz de conta”, as histórias, os sonhos de uma criança. Brincar funciona como um cenário onde crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la, “brincar é uma atividade interna das crianças, onde usam a imaginação e a interpretação da realidade, sem ilusão ou mentira”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 22). Este trecho do texto é muito importante, pois sempre escutamos falar que “criança não mente”, e aí está a confirmação deste dito popular, se não quiser que alguém saiba de certos assuntos, não converse perto de criança, pois se alguém perguntar ela vai contar, e contar a verdade sem mentir.

Também temos o texto “Jogos e brincadeiras” que ensina que “é muito importante que enquanto educadoras tenhamos a consciência de que a criança precisa saber a importância do próprio corpo e do corpo de seus coleguinhas, reconhecendo-o através de jogos e brincadeiras”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 45). Este assunto é muito importante para ser trabalhado em sala de aula, pois permite que a criança se descubra enquanto ser humano e entenda as diferenças e igualdades que existem entre uma pessoa e outra. Conhecer o próprio corpo e saber as diferença é muito importante, pois a criança vai crescer sabendo a importância do respeito entre as pessoas. Fazer a leitura destes textos foi muito importante para mim, até para entender um pouco mais a importância do brincar na vida de uma criança.

Com o apoio dos textos sugeridos para entender melhor sobre a importância das brincadeiras infantis na vida de uma criança já consegui entender um pouco mais desta atividade tão importante para os pequenos, imagina agora com o documentário CRIANÇAS INVISÍVEIS do Diretor Mehdi Charef. Este documentário nos mostra vários exemplos de acontecimentos com crianças de todo o mundo, em todos eles a infância é deixada de lado, as crianças são induzidas a matar, usar armas, roubar, trabalhar, ao invés de estudar, de brincar como uma criança precisa para se desenvolver com saúde tanto do corpo quanto da mente, estas crianças parecem não existir para estes adultos, não são valorizadas enquanto seres que precisam de atenção e carinho, muitas famílias fazem isso. No ambiente escolar muitas vezes também acontece isso, existe discriminação, por parte de alguns educadores que só estão preocupados com a classe social que a criança pertence, não se interessam de conhecer a realidade dos alunos para depois então julgar certas atitudes que eles tomam em sala de aula.

O documentário abrange a vida de crianças em realidades diferentes, crianças reais que vivem na pele tudo o que nos mostrou o filme, crianças ideais seriam as que não passassem por problemas na infância, que conseguem brincar, estudar, interagir de uma maneira saudável com as outras crianças. Tudo isso acontece por questões sociais, culturais, políticas e econômicas, muitas vezes as crianças vivem assim sem ter escolha, a necessidade os obriga. Acredito que o profissional na área da educação para conseguir lidar com as diferentes realidades infantil, em primeiro lugar tem que ser flexível, saber entender seu aluno, conhecê-lo, motivá-lo, para que consiga crescer tanto na sua vida escolar, mas também na sua vida particular. Cada sujeito é dono de si, tem a oportunidade de decidir, sua situação, e como quer viver, mas muitas vezes isso não acontece. Em quase dez anos de trabalho nas famílias de minha comunidade, passei a pratica primeiro do que a teoria a respeito de minha faculdade. Já me deparei com situação parecida ao Documentário que fala sobre “Song Song e a pequena Gatinha”, a criança não tinha vez de falar não lhe davam atenção, os pais passavam por dificuldades de relacionamento, isso prejudica tanto nos adultos quanto nas crianças, acredito que para uma criança é mais difícil de superar do que um adulto. Muitas vezes a criança esta invisível dentro de sua própria casa, muitos pais não conversam com seus filhos, alguns acham que roupas e calçados bonitos trazem felicidade, se enganam, pois conheço uma adolescente que vivencia isso no dia-a-dia, não é valorizada, não pode sair sozinha, têm de tudo, bens materiais, mas o principal: atenção, abraço, carinho de sua família, ela não tem.

No documentário deu para perceber que mesmo trabalhando, roubando ou matando como aparece o início, todas as crianças têm esperança de um dia poder brincar, de bodoque, boneca, desenhar, escrever, comprar alguma coisa que não tem andar de bicicleta, para isso elas usam a imaginação e alimentam a esperança que um dia isto aconteça. Um trecho que me chamou atenção à respeito disso foi um que um menino no reformatório de crianças diz para outro, “Lá fora não vai ter ninguém para proteger você de certos caras...”, ele preferiu ficar preso do que enfrentar a realidade.

Quando terminei de assistir o documentário pela primeira vez, não consegui agüentar e chorei muito, pensei em muitas crianças que conheço e que para seus familiares se tornam invisíveis, com o corre-corre do dia-a-dia, muitas vezes certas coisas nos passam despercebidas, às vezes, precisamos de algo que nos faça parar e refletir sobre nossa vida e a maneira que estamos levando ela, da maneira certa ou nos tornando invisíveis diante dos problemas que estão na nossa frente, se cada um fizer a sua parte, começando por nós mesmos, com certeza alguma coisa conseguiremos mudar na vida de uma criança.

Analisando as lâminas do livro “Com Olhos de Crianças” de Francesco Tonucci, mais uma vez nos voltamos a situações reais, coisas que acontecem dentro e fora do ambiente escolar, na família, na própria sociedade como, por exemplo, a lâmina número 2 “A creche não é um cabideiro”, este trecho é muito importante para refletirmos, muitas instituições acreditam que uma criança deve ser rígida na questão de horários, ficar quieta num canto, não brincar, pular e se sujar, onde fica a infância desta criança, pois brincar faz parte dela. Outras lâminas que me chamaram atenção são as de números 9 e 10, que mostra uma criança feliz por ter feito seu cocô, a criança é reprimida, chamam algo feito por ela de cacaca, acredito que isso não seja bom para o desenvolvimento da criança, pois ela está passando por fases, transformações em sua vida e toda a vez que for fazer cocô, vai ficar triste, pois estará fazendo cacaca. Este tipo de comportamento em a relação às crianças acontece em quase cem por cento das famílias, acredito que as pessoas acham que isso seja normal e que não vai prejudicar a criança. A lâmina 31 “é importante ler com eles”, é uma das principais, pois para que a criança tenha o gosto pela leitura, ela precisa ser estimulada, e isso tem que acontecer principalmente dentro do ambiente familiar, criança que vive em ambiente letrado, com livros, revistas e pessoas que gostem de ler vai se desenvolver mais do que as que não entram em contato com este tipo de material antes de entrar na escola. Todas as lâminas são importantes, para entendermos como agir diante de uma criança, como fazer com que ela se interesse pelos seus atos sem impor alguma coisa. Temos que mostra o caminho, e ajudar a caminhar, não oferecer tudo pronto sem que a criança tenha oportunidade de mostrar o conhecimento que possui em sua vida.

Observando minha turma parceira em suas brincadeiras, consegui perceber que brincam de diversas maneiras, como por exemplo: pega-pega, bola, pulam corda, mãe e filha, policial e bandido, basquete, cachorrinho, paça anel, ovo choco, batata quente, cada macaco no seu galho, diabo rengo, gato e rato, essa sim essa não, Terezinha de Jesus, esconde-esconde, amarelinha, também brincam de lutinha, uma brincadeira um pouco agressiva, pois brigam entre si até um cair no chão, de brincadeira mas muitas vezes alguns se machucam. Algum dia vão na praça. E quando chove eles brincam na hora do recreio na sala de aula de dança da cadeira, jogos de montar, realizam leitura de livrinhos sempre com o auxilio de professores, colocam músicas para as crianças escutarem, desenham, pintam. Enfim existem muitas brincadeiras que eles podem realizar, basta darem asas a imaginação. Muitas destas brincadeiras são bem conhecidas, pois eu brincava quando era criança, agora através desta observação que realizei na escola, também fiz uma retrospectiva em minha infância. Acredito que os professores auxiliam as crianças sempre que possível em suas brincadeiras, muitos até brincam juntos, se necessário utilizam material didático, como é o caso dos livros de historinha, jogos de montar, desenhar e pintar.

Cada vez mais estamos aprendendo sobre a importância das brincadeiras na educação infantil, lendo a matéria da revista Nova Escola deste mês de abril, chamada Quanta coisa eles aprendem, consegui entender ainda mais esta importância. Esta matéria nos mostra a importância dos cuidados e atenção que as crianças recebem em creches, como exploram o ambiente onde estão, brincam e se conhecem. É como nos diz Beatriz Ferraz, consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo, “Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento”.

Esta matéria nos explica através de eixos. O eixo Exploração dos Objetos e Brincadeiras baseia-se na idéia de que “brincando a criança desenvolve a capacidade de imaginar, se insere na cultura e na sociedade e aprende a viver em grupo”. É muito importante a criança usar a imaginação, ativar sua mente para coisas que lhe traga prazer, as brincadeiras proporcionam aos pequenos usar a criatividade, imaginar situações e vive-las, sejam elas contadas por historias ou vividas no seu dia-a-dia. Como nos diz a matéria “O faz de conta é o primeiro contato da criança com as regras e com o papel de cada um, aprendizado fundamental para a vida em sociedade.” A criança desde pequena tem que saber viver com as regras, em nosso dia-a-dia vivemos através e regras, só assim saberão o que é permitido e o que não é permitido fazer. Além disso, através das brincadeiras e do faz de conta também desenvolvem sua linguagem e a capacidade de se comunicar com os outros.

O eixo Linguagem Oral e Comunicação trabalha os meios de expressão. A interação no ambiente em que a criança vive é muito importante, é necessário dialogarmos com elas para que possam aprender a se expressar, através de gestos e sons. Assim acontece com a escrita, como nos mostra o trecho do texto que diz “para atribuir sentido a essa prática, os pequenos têm de tomar contato com ela”, ai a importância da criança ser estimulada a usar livros, sejam eles para brincar, olhar as figuras, assim, através do incentivo e da pratica da família a criança vai obter vontade de estudar. A criança que cresce em um ambiente onde os pais e irmãos utilizam materiais didáticos em seu dia-a-dia terá muito mais facilidade para aprender. Os bebês aprendem muito através do dialogo, na creche conversam com professores, demonstram sua alegrias e ansiedades, brincam com os coleginhas, estão inseridas em uma comunidade, com pessoas de famílias diferentes e que acabam influenciando no desenvolvimento das crianças. Na creche eles aprendem as diferenças entre eles, uns pequenos, outros grandes, mais claros, mais moreninhos, esta convivência é muito importante para a formação da personalidade da criança. Desde pequenos começam a entende como se relacionar uns com os outros

O eixo Desafios Corporais trata da experiência humana e cultural. A criança passa a entender o significado de si, do outro e do mundo. Nesta faze “o bebê passa de uma situação de dependência para uma de certo controle, do movimento coordenado a coordenação quase total” como nos explica o texto. A criança com o passar dos dias vai superando seus obstáculos, começa a se movimentar, se rola, arrasta, engatinha, caminha, a cada descoberta é uma vitória, pois conseguimos ver em seu semblante a alegria de conseguir realizar algo. Estou vivenciando agora esta situação, minha filha esta nesta fase de descobertas e superação de obstáculos, o que para nós parece muitas vezes engraçado, rimos dela, ao se levantar em uma cadeira, por exemplo, com seu jeitinho todo desajeitado, forcejando para conseguir, para ela é muito importante, converso muito com ela, explico que é muito importante o que esta fazendo, que esta crescendo e se tornando cada vez mais especial para mim.

Através do eixo Exploração do Ambiente aprendemos à importância e a necessidade que os bebês têm de agir e aprender sobre o que os cerca. São curiosos, colocam a mão em tudo, querem ver e pegar, descobrir tudo ao seu redor. E como o nos mostra o trecho da matéria que diz “Segurando, mordendo, batendo e carregando objetos e matérias, elas começam a perceber que eles existem independentemente de suas ações.”. É muito bonito ver quando conseguem fazer alguma coisa que antes não conseguiam, querem chamar nossa atenção para mostrar suas conquistas.

O eixo Identidade e Autonomia nos mostra a importância de estimularmos a criança para que possa se perceber como pessoa que aos poucos se torna independente. Ao proporcionarmos desafios à criança ela ira se desenvolver melhor, saberá, da sua maneira, seja ela com sons ou apontando, pedir o que quer ou que gosta, apóia-los e incentiva-los é muito importante neste momento, com isso se sentirão capazes de realizar suas descobertas.

Através da arte a criança desenvolve varias linguagens, no eixo exploração e linguagem, consegui perceber que desenhos, riscos e bolinhas formam sua expressividade, mostra até mesmo a personalidade da criança, da sua maneira eles mostram algo que muitas vezes passa despercebido por nos adultos, até mesmo a agressividade que muitos sofrem em casa. Pintar, desenhar, colar, faz parte do mundo de uma criança, através disso brincam e expressam seus sentimentos e emoções. É como nos explica o texto, “... as atividades artísticas são importantes no desenvolvimento da identidade a da autonomia.”.

O eixo Linguagem Musical e Expressão Corporal nos explica que “A linguagem musical está presente em todos os momentos da vida e atua como um elo entre gerações de uma mesma família e entre membros da comunidade”. A criança desde quando esta sendo gerada conhece os sons e consegue destingir a voz da mãe, por isso é bom conversar e cantar bastante para ela, com isso se sente mais protegido depois que nasce reconhecem as cantigas que sua família cantava para ela. Além de conhecer a música e aprender o ritmo na medida em que cresce vão aperfeiçoando seus movimentos, a música faz com que a criança se solte e aprenda ainda mais.

Através da matéria Quanta coisa eles aprendem da revista Nova Escola se destacou varias brincadeiras importantes para o desenvolvimento de uma criança, jogo, faz de conta, desenho, pintura, música etc. Tudo isso é muito importante, pois a criança aprende muito mais brincando.

Referências

CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; et al. Documentário “Crianças Invisíveis”. Itália, 2005.

MEC. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 2. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 22 e 45. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 28 de dezembro de 2009 as 08h18min.

NALLIN, Cláudia Góes Franco. Memorial de formação: o papel dos jogos e brincadeiras na educação infantil. Campinas-SP. 2005
libdigi.unicamp.br/document/?down=15526.

FONTE, Paty. A Brincadeira e o Jogo na Educação Infantil. Encontrado em:
www.scribd.com/.../A-Brincadeira-e-o-Jogo-Na-Educacao-Infantil.

TONUCCI, Francesco. Com olhos de Criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

VYGOTSKI, L.S. O papel do Brinquedo no desenvolvimento. In: A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 105-109.

REVISTA NOVA ESCOLA. Quanta coisa eles aprendem. Disponível em: www.ne.org.br. Acesso em 26 de abril de 2010.