segunda-feira, 25 de abril de 2011

DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA.

Rosangela Maria da Rocha

Pretendo nesse artigo observar e compreender o processo de inclusão de alunos com dificuldades na leitura na escola Ministro Tarso Dutra interior de Seberi.

As observações foram feitas durante o ano de 2009, diariamente para que esses dados fossem registrados. Tenho por objetivo nessa temática entender como se trabalha com alunos que tenham dificuldades de aprendizagem, não aprendem a ler, são agressivos, desestimulados e de difícil relacionamento com professores e colegas.

Minha preocupação quando futura educadora é me deparar com a inclusão de alunos com dificuldades graves de aprendizagem, e despreparada, sem capacitação, não saber com lidar com esses alunos, fazer com que eles aprendam, ter um bom relacionamento, fazer com que haja a socialização deles com a turma, para que junto com os colegas desenvolvam um aprendizado suficiente.

Para que uma escola ofereça educação de qualidade para todos os alunos, inclusive os portadores de deficiência e com dificuldades de aprendizagem, a escola precisa oferecer uma formação continuada para os professores, adaptar o currículo as necessidades dos alunos, desenvolver trabalhos com as famílias para estimular a inclusão de todos esses alunos, se preparar para as novas adaptações que as propostas da inclusão estão propondo as escolas, professores e familiares também.

Uma escola vive o desafio de ser uma para todas, o desafio de não produzir no âmbito escolar o movimento tão premente em nossos tempos de homogeneização dos seres, de abafamento das singularidades e das diferenças.

Resta hoje a cada escola construir, ao seu modo, sua resposta ao paradoxo de ser ao mesmo tempo igual e única para cada um. (TIGRE & TEIXEIRA,2005:182).

Ferreira e Ferreira, et al (2004) “advertem para a existência de situações deficitárias aos alunos decorrentes da falta de infra-estrutura necessária à efetivação da educação escolar.”.

Acredito que para que aconteça a inclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem nas escolas, os professores precisam de muita boa vontade, capacitação, trocar idéias com outros profissionais que já tenham mais conhecimentos sobre esse assunto, e que possam colaborar na busca de soluções..

O processo de inclusão deve ser feito com cautela, respeitando as dificuldades e as diferenças entre as crianças. A inclusão não esta limitada a se colocar uma criança dentro da escola, é preciso que ela consiga interagir, se socializar com todos, de acordo com suas potencialidades.

. A maioria das escolas inclusive a minha escola parceira não esta preparada para a inclusão dos alunos com necessidades especiais, na prática acontece é que as escolas recebem os alunos com deficiência e com dificuldades de aprendizagem, mas os excluem no próprio ambiente escolar, deixando-os isolados num canto da sala de aula, sem atendimento diferenciado por causa das suas necessidades diferenciadas dos demais colegas. A escola parceira alega que está pratica acontece devido ao despreparo dos professores da própria da direção, porque os professores desse educandário não acreditam no benefício que essas crianças podem ter ao freqüentar o ensino regular, e afirmam que eles têm que ter um atendimento numa escola de educação especial.

“A inclusão não é somente para os alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagem, mas para todos os alunos, educadores, pais e membros da comunidade.” (FALVEY e al.1995, p.9)

Analisando as dificuldades na leitura de alguns alunos, pude perceber casos semelhantes de dislexia. Segundo Jean Dubois,dislexia é um defeito da aprendizagem da leitura, caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos e gráficos, às vezes mal reconhecidos e fonemas mal identificados.

Uma observação do professor é necessária para se detectar casos de dislexia, mas precisa-se de um diagnóstico confirmado de um reurologista para se poder afirmar que o aluno tem dislexia.

De acordo com Correia (1999, p. 52),

As necessidades educativas especiais podem ser classificadas como permanente ou temporária. A primeira se classifica como (deficiência mental, auditivas, surdas, visuais) como também as dificuldades de aprendizagem, perturbações emocionais, de comunicação, motores, autismo e alguns problemas de saúde. As temporárias são aquelas que aparecem no percurso escolar, geralmente se manifestam como problemas de leitura, escrita e cálculos ou atrasos, perturbações graves do desenvolvimento motor, perceptivo, lingüístico ou sócio emocional.

Uma escola inclusiva é aquela em que todos os alunos se sintam incluídos, eles interagem uns com os outros, que aconteça a socialização entre alunos e professores e também haja a aprendizagem por parte deles..

Comparando a inclusão nas escolas com o filme um sonho possível com a realidade das escolas, pode se perceber que na maioria delas essa inclusão ainda não é bem aceita, muitas vezes fica camuflada, observa-se que os professores e alunos sentem um certo rejeitamento por esses alunos, como o personagem do filme,muitas vezes por serem pobres, negros e com dificuldade de relacionamentos e de aprendizagem.

Grande parte das escolas brasileiras ainda não viabiliza a inclusão de alunos deficientes, negros, de classe baixa e com dificuldades de aprendizagem, eles ainda não são bem aceitos pelas escolas, criando então um clima de exclusão difícil de ser lidado por parte dos professores, havendo assim a exclusão desses alunos que se sentem rejeitados por alguns colegas e professores. Muitas vezes na tentativa de incluir esses alunos eles se sentem ainda mais excluídos.

Os alunos e os professores devem compreender aceitar e aprender a lidar com essas diferenças.

É importantes que a escola respeite cada criança, com seu próprio jeito de aprender, respeitando seus interesses, elaborando planos de trabalhos que fazem parte do projeto pedagógico, e que a escola tenha o compromisso do ensino de qualidade para todas as crianças utilizando métodos diferentes, materiais didáticos para atender as necessidades específicas de cada aluno.

Quando o educador se depara com alunos que não conhecem as letras, e não consegue formar as palavras para ler, ele se sente frustrado, e muitas vezes desanimado tentando ajudar esses alunos sem resultado visíveis para o aprendizado.

Acreditar em uma sociedade mais justa, mais humana e mais igualitária significa estar inserido na luta pela superação da relação opressor-oprimido, luta esta que por uma questão de principio, ninguém pode estar de fora. Não se trata de algo impossível, mas de uma proposta prática de superação dos aspectos opressores percebidos na realidade. Essa rebeldia é uma atitude necessária para a ruptura com ás práticas discriminatórias e segregadoras utilizadas pelos opressores na manutenção do paradigma da exclusão. (FREIRE).

Pesquisas recentes revelaram que esses alunos vivem processos cognitivos semelhantes aos das crianças normais, no que se refere ao aprendizado da escrita e da leitura, só que o que precisa é de um período mais longo para a aquisição da escrita e leitura; as estratégias de ensino para esses alunos podem ser as mesmas que com os outros alunos considerados normais.

A cada ano aumenta o número de crianças com dificuldades de aprendizagem da escrita e da leitura, o aluno com essas dificuldades muitas vezes é considerado o único responsável por não aprender, mas a escola não pode atribuir a eles nenhuma culpa, ou atribuir a ele uma doença por causa da dificuldade de aprender.

Para os alunos que apresentam essas dificuldades é importante um acompanhamento médico, psicológico, e que a família aceite o problema para poder ajudá-lo, sem o apoio dela fica mais difícil se conseguir uma solução para esse problema. Mantoan (2003, p.530) “argumenta que ele prevê a inserção escolar de todos os alunos de forma radical, completa e sistemática. Para essa autora todos os alunos devem freqüentar a sala de aula do ensino regular.”.

Os conhecimentos dos alunos devem ser valorizados como ponto de partida para as novas aprendizagens, devendo ser ampliado de modo que a escola seja inclusiva no seu papel educativo e social.

O que define o especial da educação é a qualificação das escolas que sejam capazes de incluir esses alunos excluídos, descentrando os problemas relativos à inserção total de alunos com deficiência e focando o que realmente produz essa situação lamentável de nossas escolas. (MANTOAN: www.lerparacrer.com/banco de escola).

Deve se ter como foco não somente diagnosticar uma realidade que está posta no cotidiano escolar, mas, a partir das dificuldades encontradas, propor, juntamente com os profissionais da escola, alternativas pedagógicas curriculares, pautadas no desejo de construir um trabalho que contribua efetivamente para a transformação das condições de vida e educação deste grupo de sujeitos historicamente marginalizados, garantindo seu direito à igualdade, a partir da inclusão. (GLAT 2005 ).

Cabe aos professores ficarem atentos as suspeitas de dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita ou déficit cognitivo, é tarefa delicada e complexa. Segundo Ferreiro e Piaget o aprendizado da escrita seria uma construção cognitiva e progressiva, mediante estágios sucessivos.

A escola tem que ser capaz de atender todos os alunos em suas especificidades e singularidades e isso é válido para todos aos alunos, não somente para os que possuem algum déficit. Todas as pessoas apresentam diferentes características e se destacam ou apresentam dificuldades em algumas áreas, para isso é preciso que comece a ser respeitado pela escola e que seja levado em conta na hora da aprendizagem e no convívio social.

A inclusão é um processo, isso nos quer dizer que nunca termina, porque sempre terá um aluno que encontrará barreiras para aprender. Em qualquer ano escolar, qualquer aluno poderá enfrentar dificuldades na aprendizagem, essas dificuldades que os alunos encontram diariamente podem servir de um estimulo para que o ensino seja melhorado pelos professores.

Ficou muito claro que a inclusão é possível quando os alunos são aceitos, estimulados á aprendizagem, se tem propostas pedagógicas adequadas, quando a escola oferece infra-estrutura adequada para receber os alunos,quando se respeitam às diferenças.

A experiência que tive de estudar a inclusão foi muito importante para mim como ser humano entender como ela deveria acontecer, mas me fez ver situações na escola parceira que me decepcionaram muito , referentes a certas atitudes que presenciei durante essa pesquisa, onde realmente vi que nessa escola a inclusão ainda não acontece ,mas que os alunos se sentem ainda mais excluídos dentro da escola. Percebi que nessa escola que os professores ainda não aceitam os alunos com deficiência e dificuldades de aprendizagem e acham que todos os alunos têm que aprender igual aos outros, não se importando em usar estratégias, materiais e métodos para estimular os com mais dificuldades em aprender.

As observações que foram feitas mostraram que apesar de muitas propostas de inclusão, as professoras não foram preparadas para lidar com as diversidades de alunos inseridos nas classes regulares, que apresentam alguma deficiência ou dificuldades de aprendizagem, constatei que para ocorrer à inclusão desses alunos nas escolas os professores precisam de capacitação, recursos pedagógicos, a infra-estrutura da escola também deve estar de acordo com as necessidades dos alunos. É muito importante destacar que a inclusão é uma proposta que ainda causa muito equívocos no ensino regular, e que esses alunos acabam excluídos dos planejamentos escolares mesmo que inconscientemente por parte dos educadores. Tive várias dificuldades em pesquisar essa temática, pois apesar de tanto se comentar sobre a inclusão ela ainda é pouco aceita e os profissionais dizem que não estão capacitados para trabalharem com esses alunos que atrapalham os demais, dificultando o desenvolvimento das atividades propostas nas aulas.

REFERENCIAS:

ARAÚJO,U.F. O déficit cognitivo e a realidade brasileira. In: Aquino J.G (org) Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo;: Summus 1998.p31-47

BRASIL, Ministério da Educação da Educação-Secretaria de Educação Especial. Projeto escola viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola. Organização: SORRI-Brasil. Brasília 2000.

DUBOIS,Jean,et al. Dicionário de lingüística. São Paulo: Cultrix,1993.

FALVEY, M.A;GIVNER,CC;KIMM,C(1995).

FERREIRA M.C.C; FERREIRA, J.R. Sobre inclusão, políticas públicas de educação. (2004).

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. ed. São Paulo: Cortez.1992.

GARCIA, Jesus N. Manual de dificuldades de aprendizagem. Linguagem. leitura. escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

GLAT, R. ROSA, SP (orgs): Fundamentos teóricos e metodológicos ao ensino fundamental. Curitiba: IESDE, 2003.

GLAT, R. Educação Inclusiva na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro: Estudo etno gráfico do cotidiano escolar e desenvolvimento de estratégias pedagógicas de ensino-aprendizagem para alunos com necessidades educacionais em classes regulares.Rio de Janeiro: UERJ, 2005

HANCOCK, John Lee. Filme: Um Sonho Possível. USA: Warner Bros. 2009.

LAPLANE, A. Notas para uma análise de discursos sobre a inclusão escolar. (2004).

MACHADO, Kátia. Et al. Cotidiano Escolar: desafios didáticos e pedagógicos no processo de inclusão educacional. Disponível em: http://moodle. ufpel.edu.br/cead/file.php/143/Educacao_Inclusiva/Adaptacoes_curriculares_relato_de_experiencias.pdf.

MANTOAN, Disponível em: www.lerparacrer.com/bancode escola.

MATOON, M.T. Inclusão escolar. Oque é? Por que? Como fazer? São Paulo: Moderna,2003.

PETRIN. Elaine A. Escola Inclusiva: direito de todos. In: Artigos. Com. 2009. Disponível em: www.artigos.com/artigo/humana educação/escola inclusiva-direito-de- todos-6993/artigos/

SAMPAIO.C.D.S.S. Ambiente Alfabetizador na pré-escola, uma construção. In:Garcia, Regina Leite.(ORG), Alfabetização dos alunos das classes populares. 2ed.São Paulo:Cortez,1992.p.31-41

TIGRE, A.B; TEIXEIRA,E. Diferenças: um olhar da psicanálise. Leituras compartilhadas. Leitura ampla: construção do olhar. Rio de Janeiro: Leia Brasil,v.5, 2005,2005,p.181-2. Fascículo especial.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

7º ENCONTRO INTEGRADOR ENTRE OS CURSOS DA UAB DE SEBERI


O objetivo do Encontro é integrar os alunos dos cursos através de atividades direcionadas a motivação e consolidação da identidade da instituição universitária e interagir com a comunidade.


TEMA: COMUNICAÇÃO EMPREENDEDORA

PALESTRANTE: RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA LIMA

Que possui graduação em Administraçãopela Escola Superior de Administraçãoe Gerência. Mestrado em Administração.Atualmente é revisor do material didático do curso de graduação em Administração EaD - UFSC.


DIA: 28 DE ABRIL

HORÁRIO: 19 horas

LOCAL: AUDITÓRIO DO INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO MADRE TEREZA EVENTO ABERTO À COMUNIDADE.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

TERCEIRA CHAMADA DO PROCESSO SELETIVO /2011 DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO.

- Adriana de Fatima Ciechovicz
- Claudia de Oliveira Kaiser
- Evandro Facco

A matrícula será realizada de 08 a 15/04/2011 no Polo UAB de Seberi.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Brincadeiras na Educação Infantil

Fabiane Terezinha Falkoski

Ao escolher esta temática vi o quanto é importante trabalhar com educação infantil, através de estratégias, brincadeiras, jogos, podemos entender melhor esta fase. Brincar é um meio das crianças aprenderem e soltarem a imaginação.

Através da brincadeira também aprendem regras e limites necessários a sua vida. A cada dia as crianças estão mais exigentes, querem coisas novas e o educador deve estar preparado para isso. Com certeza, esse trabalho contribuirá e muito com meu futuro trabalho docente.

Observando, dialogando, vamos vendo como é a realidade da vida escolar, a rotina dos alunos, como das professoras, como é que elas trabalham em sala de aula, e como fazem para ter a sala organizada.

Através deste trabalho, quero ver como se trabalha em sala de aula, quais são as maneiras para trabalhar com os alunos, saber o momento certo de dar tal conteúdo, saber quais os cuidados que devemos ter com os alunos, ter higiene, como brincar e agir.

Na minha escola parceira, observei a turma do pré-b, e vejo que é muito bom trabalhar com a educação infantil, pois a professora trabalha bastante é brincando, dando jogos, coisas que os alunos gostam, ela começa sua aula dá aula até na hora do recreio coordenação motora alguns trabalhos, depois eles saem 15 minutos antes dos outro alunos para tomar merenda, eles retornam para a sala onde a professora faz brincadeiras, da joguinhos, e as 4 horas vai na pracinha ou ginásio para brincar com eles.

Na educação infantil, em primeiro lugar, não há disciplina, é claro que tem que seguir o plano de estudo, mas o educador pode usar várias formas para ensinar, pois são crianças apenas de cinco anos.

A professora também busca primeiro conhecer a realidade de cada um, de onde vem, como é a família de cada um deles, ela busca trabalhar e trazer a realidade para dentro da sala de aula. Ela gosta muito é de ter ordem e ter limites um com o outro, respeito e educação.

Conhecendo a realidade de cada aluno fica mais fácil para trabalhar, e desde pequenos eles tem que saber que tudo tem limite, o que pode e o que não pode.

Então ela busca através de uma brincadeira, fazer com que os alunos aprendem a ter limites uns com os outros.

E eu acho bem interessante a escolha da educação infantil, pois muitas vezes a criança aprende é brincando e com isso torna a criança mais ativa, mais esperta e isso é muito bom para o desempenho escolar. As crianças devem saber desde pequena que existem limites, que devem ter respeito com os colegas, educação, e respeitar o professor, e hoje, em muitas escolas está faltando o respeito com as professoras, na escola parceira alguma turma não tem respeito para a professora dizem até palavrões e se não cortar, eles tomam conta tem que fazer sempre o possível e não deixar espaço de uma atividade para outra, e não é só a professora que tem que fazer milagre, tem que os pais cobrar em casa, fazer o filho ser responsável e saber que tem que obedecer o professor e demais colegas.

Como tem aquele dizer, respeito é bom e todo mundo gosta, hoje os alunos não tem mais aquele respeito que tinha antigamente, talvez porque as famílias não são tão unidas, falta diálogo, amor, carinho, então na escola as crianças demonstram o que são em casa e como vivem em família.

"Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da e autonomia. Nas brincadeira as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, as imitações, a memória, a imaginação.

Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre relação ente as pessoas, sobre o eu e sobre o outro. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Brincar constitui-se dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando em prática suas fantasias e conhecimentos.

A observação das interações infantis sugere que são diversos os temas de oposição, os quais tendem a mudar com a idade-por exemplo, disputa por um mesmo brinquedo, briga por causa de um lugar específico, desentendimento por causa de uma idéia ou sugestão etc.

Embora seja de difícil administração por parte do adulto, é bom ter em vista que esses momentos desempenham um papel importante na diferenciação e afirmação do eu.

Alguns jogos e brincadeiras de parque de quintal, envolvendo o reconhecimento do próprio corpo, o do outro e a imitação, podem se trasnformar em atividades da rotina. Bons exemplos são "siga o mestre " e "seu lobo", porque propõem a percepção e identificação de partes do corpo e a imitação de movimentos.

As crianças precisam ser lembradas para lavarem as mãos antes das refeições, após o uso do banheiro, após a manipulação de terra, arreia e tintas,assim antes do preparo de atividades de culinária. É fundamental o acesso a ajuda, ao sabonete e a toalha. Embora já consigam lavar as mãos sozinhas, ainda precisam de um acompanhamento do professor.

Os sanitários das instituições precisam estar constantemente limpos, pois as crianças tocam no vaso para poder sentar e descer e nem sempre lembram de lavar as mãos depois. Nas instituições de educação infantil é aconselhável estabelecer parcerias com os familiares, pois a habilidade requer para execução, pela criança, falar, ensinar a técnica da escovação certa dos dentes.

Oferecer oportunidades diárias de se exercitarem ao ar livre e com os brinquedos como escorregardes, gangorra etc, valorizar a crescente capacidade psicomotor das crianças, conversar com o grupo infantil sobre os acidentes que ocorrem, onde. quando e porque ocorreram, o que fazer para que não aconteçam novamente.

Não se dá um brinquedo para a criança por prazer dela, é incorreto por duas razões. Primeiro muitas atividades dão á criança experiências de prazer muito mais intensas do que o brinquedo, exemplo chupar chupeta, mesmo que a criança não se sacie. E, segundo, existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável, como por exemplo predominante no fim da idade pré -escolar, jogos que só dão prazer a criança se ela considera o resultado interessante. Os jogos esportivos, são com muita freqüência acompanhados de desprezar quando o resultado é desfavorável para a criança."(Vygostski,1991,p.105-106).

No início de idade pré-escolar, quando surgem os desejos que não podem ser imediatamente satisfeitos ou esquecidos, e permanece ainda a característica do estágio precedente de uma tendência para a satisfação imediata desses desejos, o comportamento da criança muda. A criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo. A imaginação é um processo psicológico novo para a criança.

No brinquedo a criança cria situação imaginária. Acredito que o brinquedo não é uma ação simbólica no sentido próprio do termo, de forma que se torna essencial mostrar o papel da motivação no brinquedo, não somente a motivação como também as circunstâncias da atividade da criança,. Sabemos que o desenvolvimento do jogar com regras começa no fim da idade pré-escolar e desenvolves e durante a idade escolar. Não existe brinquedo sem regras.

A situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora posa não ser um jogo com regras formais estabelecidas a priori. A criança imagina-se como mãe e a boneca como criança, e dessa forma, deve obedecer as regras do comportamento maternal. A princípio parecia que a única tarefa do pesquisador ao analisar o brinquedo era revelar as regras ocultas em todo brinquedo, no entanto , tem-se demonstrando que os assim chamados jogos puros com regras são, essencialmente, jogos com situações imaginárias.

Da mesma forma que uma situação imaginária tem que conter regras de comportamento, todo jogo com regras contém uma situação imaginária, Jogar xadrez, por exemplo, cria uma situação imaginária. Por quê? Porque o cavalo, o rei, a rainha, etc, só podem se mover de maneiras determinadas, porque proteger e comer peças são, duramente, conceitos de xadrez.(Vygotski, p.109.)

Na educação infantil a brincadeira é uma atividade livre e espontânea é uma criação da cultura, o aprendizado dela se dá por meio das interações e do convívio com os outros, para que linguagem oral se desenvolva, cabe ao professor reconhecer a intenção comunicativa dos gesto e balbucio do bebês, respondendo a eles, e promover a interação no grupo.

Sobre o documentário assistido , crianças Invisíveis, podemos ver e entender que não é só no Brasil no sul do país que a criança sofre.

Pois na África, América, Napoli e outras cidades muitas crianças não tem o que comer, então elas saem roubar, ou catar lixo para poderem arranjar dinheiro.

Essa é a realidade de hoje, pois muitas vezes os pais brigam em casa como na reportagem mostra e os filhos escutam e ficam com aquele sentimento dentro de si. A nossa prática pedagógica está sendo assim, as crianças vem á escola e nos contam o que se passam em casa, o que os pais fazem, e várias vezes os pais mandam os filhos roubarem e os pais ficam em casa, sem trabalhar, onde na minha opinião é totalmente errado isso, pois quando esses filhos crescerem se tornaram os piores marginais, onde o certo seria estarem estudando para ter um futuro melhor.

O professor tem que estar preparado para poder e saber lidar com tipos de crianças, pois sempre há aquelas que discriminam umas as outras onde a reportagem nos faz ver a discriminação das crianças com o menino que deixou a bola passar e fez gol do outro time, da menina que tem aids...

As crianças apresentadas são crianças reais, onde a realidade que hoje vivemos é assim, pois nas escolas é assim, pois na minha escola parceira também é assim, pois é no interior e vem crianças de um bairro , onde as crianças do interior não se "misturam", muito com as outras e nem as do bairro, a educação não é como das outras crianças.

Há uma grande diferença entre essas crianças, os pais do bairro não cobram boa educação, os alunos respondem aos professores, não tem limites, então o documentário eu vejo como a criança é igual da realidade que a gente vive.

Eu concordo plenamente com tudo o que estava no documentário, precisamos estar preparadas para lidar com todos os tipos de crianças e não esquecendo de ter afeto, carinho entre ambos, sem escolher e sem ter carinho mais por um aluno e menos por outra, o carinho deve ser igual para todas. As brincadeiras é muito bom nesse processo de educação, pois é através das brincadeiras que as crianças vão aprender muito mais do que estar em cima de um caderno só escrevendo.

As brincadeiras pelos exemplos apresentados no documentário: futebol, dança, brincadeira da bexiga, andar de patins, música, mímica, brincar de boneca, tocar piano, jogar moeda como se fosse um jogo de futebol, isso tudo são coisas que fazem as crianças a ter respeito, a saber conviver umas com as outras, saber o limite até onde pode ir.

Cada educador tem que ter meios de saber e gostar de ensinar e passar coisas novas para os alunos, procurando demonstrar que é estudando que se tem alguma coisa na vida, que é estudando que a gente aprende a viver e aprende a cuidar da vida, pois não é só roubando, fumando, se drogando, ou bebendo que se resolve os problemas, pois sempre há soluções para os problemas e a gente tem que saber que a vida é uma só por isso lute sempre e viva como um ser humano, procurando ir sempre além, passando uma boa estima e procurando ajudar as pessoas a verem que a vida é muito mais boa sem roubo, com respeito e amor pelo outro.

O livro "Com Olhos de Crianças", de Francesco Tonucci, trouxe situações que acontecem nas escola com as crianças que estam se interagindo, me chamou atenção a lâmina 3, (19980), Uma creche para estar juntos, e a 9, (1968) a Cacaca, onde a 3 mostra as crianças todas juntas, brincando, se integrando umas com as outras, onde é através da brincadeira que a criança se imagina com alguém, com alguma coisa, e brincando eles vão se conhecendo com o colega, a lâmina 9, é do menino que vai ao banheiro fazer as nesse cidades, e põe a mão no sanitário, as escolas tem que ter o cuidado de deixar sempre limpos, pois as crianças são orientadas pelos educadores para ter higiene e todo o processo que se trabalha em sala de aula , mas nem sempre eles lembram de lavar as mãos, depois de ir ao banheiro, antes das refeições, etc.

Portanto, podemos concluir, que este trabalho foi de grande importância para nosso crescimento pedagógico, pois descobrimos muitas coisas sobre educação infantil, e o que as brincadeiras podem fazer na vida das crianças.

Enfim, as lâminas, nos mostraram e fizeram pensar muito o dia-a-dia das crianças, o cuidado com as crianças que devemos ter no colégio, e que o brincar tem como característica fundamental a livre escolha, pois é a criança é quem decide, quando, como, com quem brincar, e como quer brincar.

Na minha escola parceira observei que as crianças sentem mais prazer nas atividades trabalhadas de forma lúdica, a professora conta histórias e o aluno se imagina como personagem e viaja nos contos, participando dos acontecimentos relatados.

Cada criança tem o seu tempo para aprender, quando são pequenas, usam suas idéias para imaginar, é a sua maneira de ser “gente grande”, as crianças quando são pequenas ,querem ser grandes e procuram imitar os mais velhos.

As brincadeiras são muito importante na infância, pois elas aprendem a se relacionar com as outras, elas rabiscam, desenham o que pensam , na creche, se interagem com as outras, brincam, conversam, se divertem, com as outras crianças, e com os professores, o contato da leitura, ouvindo histórias, as crianças teram um melhor desenvolvimento.

Todos os bebês são curiosos, eles exploram tudo o que está em sua roda, e aprendem tudo com pequenos detalhes, as crianças desenham tudo o que imaginam. Quando são pequenos, imaginam várias coisas e querem de alguma forma, imitar. Isso faz parte da infância de cada criança.

Referências Bibliográficas:

Brasil Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/Ministério da Educação e do Desporto,Secretário de Educação Fundamental-Brasília: Mec/Sef, 1998.3v:il. Volume1: introdução,volume 2:Formação Pessoal e Social, Volume3:Conhecimento de Mundo. 2.Educação Infantil,2.Criança em idade pré-escolar.1Título.

Lunck.Lee S.Scottk et al. Unicef. Documentário Crianças Invisíveis. Unicef, 2005.

Mec.Secretária da Educação Fundamental, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.Vol.2.Brasília:Mec/Sef, 1998,p.22 2 45. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pd/volume2.pdf.

Revista do Professor, Porto Alegre, 22(87):5-8, Jul./Set.2006.

Revista nova escola abril/2010. pag 42-50:disponível em http.//revistaescola.abril.com.br, acesso em 26 de abril, às 20 horas e 15 minutos.

Vygotski, L.S.O Papel do Brinquedo no desenvolvimento.In:A Formação Social da Mente.São Paulo:Martins Fontes, 1991, pag.105-109.